Um vídeo de Eweline Passos Rodrigues, a “Diaba Loira”, integrante do Terceiro Comando Puro (TCP), falando sobre o medo da morte, voltou a circular nas redes sociais após ela ser executada na noite desta quinta-feira (14). A traficante de 28 anos foi morta a tiros e teve o corpo desovado na Rua Cametá, em Cascadura, na Zona Norte do Rio.

O registro, publicado inicialmente nos Stories de seu perfil no Instagram, mostra a resposta dela a um seguidor que a questionou sobre o medo da morte. Eweline disse que, no início da vida no crime, esse sentimento existia, mas que desapareceu com o tempo.
“Se eu tivesse medo da morte, eu teria fugido para bem longe, né? No começo eu até pensava que eu tivesse, assim que eu entrei nessa vida há anos atrás. Mas não, na verdade não”, afirmou.
🚨💥⚰️🗣 Diaba Loira falando se tinha medo da Morte…
➡️Ela foi morta nessa noite e o seu corpo foi encontrado na rua Cametá, em Cascadura – Zn do Rio.
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— Blitz RJ Oficial (@blitzRJoficial) August 15, 2025
A criminosa declarou que a morte é inevitável para todos e que seu arrependimento seria não ter vivido a vida que queria.
“Eu tenho medo de não ter vivido uma vida segundo a minha vontade. Eu acho que todo mundo vai morrer um dia. Eu posso estar dormindo e não acordar mais, posso estar atravessando a rua e posso morrer”, continuou.
Ainda no vídeo, “Diaba Loira” afirmou que não se arrependia de nada, especialmente sobre as pessoas que mantinha por perto. Disse que seu maior temor seria se aproximar da morte e perceber que deixou de fazer algo que desejava.
“Então eu acho que o que faz valer a pena é a gente não ter medo da morte, a gente saber que tá vivendo a vida do melhor jeito pra gente. Então não tenho medo da morte. Eu tenho medo de chegar perto de morrer e falar: ‘Pô, mas por que que eu não fiz aquilo?’ Eu acho que isso vale para todo mundo, né? Tem que querer viver do jeito certo.”
Executada a tiros
Eweline foi executada a tiros na noite desta quinta-feira (14) e identificada pelas diversas tatuagens no corpo. Ela estava de calça e sutiã, com os seios expostos, quando foi encontrada.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que um dos disparos atingiu sua cabeça, arrancando parte dela.
Comando Vermelho e tentativa de feminicídio
A “Diaba Loira” se uniu ao Comando Vermelho em 2022, após sobreviver a uma tentativa de feminicídio. Na ocasião, foi esfaqueada pelo ex-companheiro, teve o pulmão perfurado e precisou passar por cirurgia.
Depois de se recuperar, se mudou para o Rio de Janeiro e passou a integrar o CV. No entanto, rompeu o vínculo com a facção quando um dos líderes tentou abusar dela. Em uma publicação no Instagram, Eweline relatou que reagiu apontando um fuzil para o criminoso.
Após o rompimento, ela se aliou à Tropa do Coelhão, liderada por William Yvens Silva, ligado ao TCP no Complexo da Serrinha, em Madureira.
Procurada por envolvimento com o tráfico e organização criminosa, “Diaba Loira” se mantinha ativa nas redes sociais, ostentando fuzis e pistolas, e direcionando provocações à polícia e ao Comando Vermelho. “Não me entrego viva, só saio no caixão”, disse ela em uma de suas publicações.
Tatuagem em homenagem ao TCP e traficantes
Há 1 mês, Eweline havia feito uma tatuagem com os seguintes elementos:
- Uma mulher representando a própria criminosa segurando um fuzil
- O número 3, símbolo do Terceiro Comando Puro
- Um coelho em homenagem ao traficante Coelhão
- Um jacaré em homenagem ao traficante Lacosta, chefe do tráfico no Complexo da Serrinha
Quem era a “Diaba Loira”?
Eweline morava no bairro de Santa Lúcia, em Capivari de baixo, em Santa Catarina. Após a tentativa de feminicídio, ela se mudou para o Rio, onde entrou para o mundo do crime. A traficante deixou seus filhos com a família em SC.
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