O mundo do futebol vive atualmente a maior sequência de jogos, campeonatos e mundiais já registrada na história do esporte. O ano de 2025 está marcado pela inclusão de um novo projeto no calendário, a Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Em meio a tantos outros campeonatos nacionais e a preparação para Copa do Mundo no próximo ano, os jogadores se encontram em uma fase de desgaste físico intenso.

Durante a competição, alguns jogadores se lesionaram e vão desfalcar seus clubes por um longo período. É o caso do atacante do Bayern de Munique, Jamal Musiala, que fraturou a
fíbula e teve uma luxação no tornozelo que também causou lesões ligamentares, durante uma partida nas quartas de final. Outro caso recente é do brasileiro Gabriel Jesus, que atua no Arsenal, da Inglaterra. Ele sofreu o rompimento do ligamento cruzado do joelho, passou por cirurgia e ficou de fora do restante da temporada.
Segundo o Dr. Lúcio Gusmão, médico ortopedista especialista em dor crônica e aguda, CEO da Rede CADE, primeira rede de clínica médica especializada em dor, destaca que jogar sem tempo de descanso adequado, além de enfraquecimento imunológico, pode causar sobrecarga muscular, desgaste articular e fadiga crônica, diminuindo o tempo de reação, a força e a concentração.
— Lesões não recuperadas 100% podem voltar, causando um ciclo vicioso, que pode ser prejudicial ao retorno ao campo. É o que falamos quando vemos os jogadores “sentirem” o local da lesão mesmo após os tratamentos. O esporte precisa preservar a saúde do atleta e, com essa frequência atual de jogos, é necessário um planejamento físico individualizado, tratamento multidisciplinar, reforço muscular e rotação no elenco para preservar atletas com maior risco.
O Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol, onde o esporte é uma paixão, uma identidade cultural, e os jogadores são os heróis nacionais, admirados por suas habilidades, conquistas e carisma. No entanto, essa idolatria vem acompanhada de expectativas altíssimas e muita cobrança. Em um cenário de trabalho constante, além do desempenho em campo, os jogadores precisam lidar com a pressão emocional e a busca contínua por aprovação.
Dr. Lúcio ressalta que muitos atletas prejudicam e seu tempo de recuperação para acelerar a volta de lesões para não decepcionar a torcida e os clubes. Ele destaca ainda que entre as principais lesões está a fratura por estresse, causada geralmente por atividades físicas intensas e estresse repetitivo e excessivo.
— Prevenir precocemente as lesões, além de evitar afastamentos e garantir regularidade no rendimento, reduz os episódios de dor e desgaste do corpo. Lesões leves podem se agravar rapidamente. Muitas vezes, o que parece um simples incômodo pode esconder uma inflamação, distensão, micro lesões acumuladas, ou até mesmo se tornar uma lesão crônica, causando dor constante e atingindo diretamente a qualidade de vida e a carreira do jogador”, conclui Dr. Lúcio.
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