Juliana Marins, brasileira que caiu enquanto escalava o Monte Rinjani, na Indonésia, morreu cerca de 20 minutos após sofrer múltiplos traumas que causaram danos aos órgãos internos e hemorragia, de acordo com o laudo da autópsia divulgado nesta sexta-feira (27).

“Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou o perito à imprensa local.
“A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, continuou.
O corpo da alpinista foi transportado do Hospital Bhayangkara até Bali em uma ambulância refrigerada. Apesar da longa viagem e da conservação em freezer, o especialista explicou que não havia indícios de que a morte tenha ocorrido muito tempo após a queda.
“Por exemplo, havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, detalhou Alit.

Segundo ele, a estimativa é que Juliana tenha morrido cerca de 20 minutos após o acidente, embora a hora exata não possa ser determinada devido às variáveis do transporte. A hipótese de hipotermia também foi descartada, já que não foram encontradas lesões típicas nas extremidades do corpo.
“No entanto, com base em sinais observáveis, estima-se que a morte tenha ocorrido logo após os ferimentos”, disse ele.
A tragédia
Sábado (21)
- Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, quando caiu cerca de 200 metros em um terreno íngreme do vulcão.
- As buscas foram iniciadas imediatamente.
- Um drone localizou Juliana sentada na encosta, ainda com vida, e as imagens foram divulgadas nas redes sociais.
Domingo (22)
- O resgate foi suspenso devido às condições climáticas desfavoráveis, principalmente pela forte neblina na região.
- O Itamaraty informou que estava em contato direto com autoridades locais para acompanhar o caso.
Segunda-feira (23)
- Um drone operado por equipes de resgate conseguiu chegar até Juliana, que estava imóvel a cerca de 400 metros do penhasco do vulcão.
- As equipes tentavam se aproximar por terra, em um local de difícil acesso.
Terça-feira (24)
- As equipes de resgate localizaram o corpo de Juliana, a cerca de 600 metros de profundidade.
- A morte da jovem foi confirmada pelas autoridades locais.
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