Brasileira morre no monte Rinjani e resgate mobiliza 50 profissionais

Published on

O resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, no monte Rinjani, na Indonésia, chamou atenção para os desafios enfrentados em operações de salvamento em ambientes de difícil acesso. O caso ocorreu em junho de 2025, quando a publicitária participava de uma trilha no segundo maior vulcão do país, conhecido por suas trilhas íngremes e clima imprevisível. O episódio levantou debates sobre a preparação das equipes de resgate e as condições de segurança oferecidas a turistas em regiões montanhosas.

- Publicidade -

Após o acidente, as equipes de busca e salvamento precisaram enfrentar obstáculos como terreno rochoso, altitude elevada e mudanças bruscas no clima. A operação contou com a participação de cerca de 50 profissionais, incluindo policiais, voluntários e guias turísticos. Devido ao mau tempo, o uso de helicópteros foi descartado, e o resgate precisou ser realizado com técnicas de içamento e cordas, exigindo esforço físico e coordenação entre as equipes.

Como ocorreu o acidente com Juliana Marins no monte Rinjani?

Juliana Marins se acidentou durante uma trilha de três dias no monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia. O acidente aconteceu em uma área de difícil acesso, quando ela teria se separado do grupo por estar cansada, segundo relatos de participantes e do guia responsável. A queda ocorreu em um trecho escorregadio e com pouca visibilidade, agravada pelo frio intenso e pelo uso de lanternas simples para iluminação. A publicitária foi localizada por drones e equipes de resgate, mas as condições adversas dificultaram o acesso ao local.

Brasileira morre no monte Rinjani e resgate mobiliza 50 profissionais
Juliana Marins – Créditos: x/metropole

Desde o momento do acidente, as tentativas de resgate foram interrompidas e retomadas diversas vezes, devido à instabilidade do clima e à complexidade do terreno. O corpo de Juliana foi encontrado a cerca de 600 metros de profundidade, o que exigiu o uso de técnicas especializadas de resgate vertical. A operação foi acompanhada por representantes do governo indonésio e da Embaixada do Brasil, que prestaram apoio à família durante todo o processo.

Quais são os principais desafios em operações de resgate em montanhas?

O resgate em áreas montanhosas como o monte Rinjani envolve uma série de desafios logísticos e técnicos. Entre os principais obstáculos estão:

  • Terreno íngreme e instável: As trilhas são estreitas, com penhascos e solo arenoso, aumentando o risco de quedas e dificultando o acesso dos socorristas.
  • Clima imprevisível: Neblina densa, chuvas e ventos fortes podem surgir rapidamente, reduzindo a visibilidade e tornando o ambiente perigoso tanto para vítimas quanto para equipes de resgate.
  • Limitações de equipamentos: Em muitos casos, o uso de helicópteros é inviável devido ao clima ou à geografia, obrigando as equipes a utilizarem cordas, macas e outros equipamentos manuais.
  • Distância e isolamento: A ausência de acesso motorizado faz com que todo o deslocamento precise ser feito a pé, o que aumenta o tempo de resposta em situações de emergência.

Esses fatores tornam as operações demoradas e arriscadas, exigindo preparo físico, conhecimento técnico e trabalho em equipe. A experiência dos socorristas e a colaboração entre diferentes agências são essenciais para o sucesso das missões.

Por que o monte Rinjani é considerado perigoso para trilheiros?

O monte Rinjani, com mais de 3.700 metros de altitude, é um dos destinos mais procurados por turistas de aventura na Indonésia. No entanto, sua fama vem acompanhada de riscos significativos. Nos últimos cinco anos, pelo menos nove mortes foram registradas na região, envolvendo tanto visitantes estrangeiros quanto montanhistas locais. As trilhas apresentam trechos estreitos, ravinas profundas e áreas de solo solto, o que aumenta a probabilidade de acidentes.

Além do terreno desafiador, a escalada costuma ser iniciada durante a madrugada, com o objetivo de alcançar o cume ao amanhecer. Isso implica em enfrentar baixas temperaturas e pouca iluminação, fatores que contribuem para o aumento dos perigos. A recomendação de especialistas é que apenas pessoas com experiência em montanhismo tentem a subida, sempre acompanhadas de guias qualificados e utilizando equipamentos adequados.

O que dizem as autoridades e a família sobre o resgate?

Após a recuperação do corpo de Juliana Marins, a família manifestou insatisfação com a condução da operação, alegando negligência por parte das equipes de resgate. Segundo os familiares, o atendimento teria sido lento e o equipamento utilizado, inadequado para a situação. Em resposta, as autoridades indonésias destacaram as dificuldades enfrentadas devido ao clima e ao terreno, ressaltando o empenho dos profissionais envolvidos e a colaboração com a Embaixada do Brasil.

O caso reacendeu discussões sobre a necessidade de aprimorar protocolos de segurança e resgate em áreas turísticas de alto risco. Especialistas em montanhismo sugerem que a capacitação das equipes, o investimento em equipamentos modernos e a orientação adequada aos visitantes são medidas fundamentais para reduzir o número de acidentes e mortes em locais como o monte Rinjani.

O episódio envolvendo Juliana Marins evidencia a importância de planejamento, preparo e comunicação eficiente em atividades de aventura. Para quem pretende explorar trilhas e montanhas, a busca por informações detalhadas sobre o destino, o respeito aos limites físicos e a escolha de guias experientes são atitudes que podem fazer a diferença em situações de emergência.

The post Brasileira morre no monte Rinjani e resgate mobiliza 50 profissionais appeared first on Super Rádio Tupi.

LEIA TAMBÉM

Injeções usadas para perda de peso podem estar ligadas a efeito fatal

As injeções usadas no tratamento da diabetes — e também muito utilizadas para emagrecimento...

Supermercados Guanabara oferecem 150 vagas de emprego no Estado do Rio

A rede de Supermercados Guanabara está com 150 vagas de emprego abertas em diversas...

Prefeitura de Niterói cria programa para zerar fila de espera por exames no SUS

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, sancionou nesta quarta-feira (25) a lei que cria...