Representantes dos Estados Unidos e da China devem se encontrar, na próxima semana, com vistas a um aguardado acordo comercial entre os dois países. Ontem, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que a reunião bilateral ocorrerá em Londres, no Reino Unido, na segunda-feira (9). Por meio da sua rede social, a Truth Social, o republicano mostrou-se otimista com a negociação e escreveu que “a reunião deverá ocorrer muito bem”.

Na publicação, Trump anunciou que Washington será representado por Scott Bessent, secretário do Tesouro, Howard Lutnick, secretário de Comércio, e Jamieson Greer, representante de Comércio dos EUA. Ele informou que a conversa será sobre um possível acordo entre os dois países no comércio internacional.
A escalada da guerra tarifária deflagrada por Trump desde o início do governo sofreu retaliações do país asiático. As alíquotas dos EUA chegaram a 145% para itens chineses e a China taxou em 125% os produtos norte-americanos.
Após encontro bilateral anterior, em Genebra, na Suíça, representantes de ambos países concordaram, no mês passado, em reduzir as tarifas por 90 dias. Atualmente, o imposto cobrado pelo governo Trump a produtos chineses é de 30%, enquanto que Pequim taxa 10% os itens dos EUA. Na quinta-feira, o presidente dos EUA conversou por telefone durante uma hora e meia com Xi Jinping, presidente da China. Segundo o republicano, o telefonema resultou em uma “conclusão muito positiva para ambos”, mas não deu detalhes.
O dia de ontem também foi marcado por novos desentendimentos entre Trump e o bilionário Elon Musk. Com a ruptura, ambos foram às redes e fizeram ataques um ao outro. Trump, agora, quer se livrar do automóvel Tesla vermelho que comprou na transição de governo.
Mercado de trabalho surpreende
Ontem, Trump comemorou os dados do mercado de trabalho divulgados no payroll, que vieram acima do esperado pelo mercado, apesar da desaceleração em relação ao mês anterior. Conforme os números do Departamento de Trabalho norte-americano, o país gerou 139 mil novas vagas em maio. “Números de emprego, mercado de ações em alta! Ao mesmo tempo, bilhões entrando com as tarifas!!!”, exclamou o presidente, na rede social.
Os dados positivos do payroll fizeram com que os principais índices dos EUA encerrassem a semana com ganhos consistentes. O Índice Dow Jones subiu 1,05% e a Nasdaq, bolsa das empresas de tecnologia, avançou 1,2%. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve leve queda de 0,1%, aos 136.102 pontos, e o dólar caiu.
Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a divulgação do payroll fez com que o dólar se valorizasse pela manhã, em relação às divisas internacionais. O Índice DXY, que mede a força da moeda norte-americana em relação às principais concorrentes, encerrou o dia com alta de 0,44%. No entanto, no Brasil, a divisa escorregou 0,28% ante o real, fechando o pregão cotada a R$ 5,569.
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