Policial civil é afastado após denúncia de estupro dentro de DP

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Caso aconteceu em uma sala dentro da 12° DP (Copacabana)


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Arquivo / Pedro Conforte

 

Um policial civil Genilson Barbosa Bonfim está sendo investigado por suspeita de estupro dentro da 12° DP (Copacabana), local onde era lotado. O caso aconteceu na madrugada do último dia 4, após uma vendedora, de 25 anos, entrar na delegacia para registrar um boletim de ocorrência de agressão contra um ex-companheiro.

Segundo a vítima, o abuso teve início após o policial chantageá-la e tentar negociar a soltura do ex-companheiro da mulher em troca de sexo. Após ela negar, o investigador teria forçado o ato, alegando que só deixaria a mulher ir embora após ter relações sexuais com ele.

De acordo com os relatos da vítima, o sexo aconteceu em um quarto na 12° DP, e o policial usava uma arma durante o ato. Ainda conforme os relatos, ele cometeu agressões físicas, apertando o pescoço dela. Tudo teria acontecido durante a madrugada.

A vítima chegou a receber mensagens do suspeito após o estupro, no qual ele elogiava as partes íntimas dela, conforme o site “G1” teve acesso. Ela procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, onde registrou um boletim de ocorrência. O Laudo de Exame de Corpo Delito de Conjunção Carnal comprovou que houve ação contundente.

Com a resposta do laudo, a Deam pediu a prisão preventiva do policial, mas teve o pedido negado pelo Tribunal de Justiça.

Ao “G1”, Patrick Rosa Barreto, advogado da vítima, disse que ela tinha o sonho de ser PM: “Isso é inadmissível. O exame do IML constatou o estupro. Ele precisa ser responsabilizado. A menina está em estado de choque com tudo que aconteceu. A minha cliente tinha um sonho de ser policial militar e agora está abalada com tudo isso. Ela desistiu do sonho. Queremos celeridade e a prisão dele. A Justiça negou o pedido de prisão, um absurdo. Vou me habilitar como assistente de acusação e requerer a prisão”.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, que ouviu os envolvidos e testemunhas e realizou outras diligências.

“A autoridade policial representou pela prisão preventiva do acusado, que foi indeferida pela Justiça. O telefone celular dele foi apreendido e foi encaminhado para perícia. Em paralelo, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) instaurou sindicância e afastou imediatamente o servidor. A Polícia Civil reforça que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e que todos os fatos já estão sendo apurados, assim como as medidas cabíveis serão adotadas no rigor da lei”, diz a nota.

O ENFOCO questionou o Tribunal de Justiça do Rio sobre o pedido de prisão negado, mas ainda não obteve respostas sobre.

O que diz a defesa do acusado?

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (SindPol) está responsável pela defesa do suspeito. Por meio de nota, Ricardo Monteiro, advogado do órgão, informou que “o policial tem 24 anos de carreira, sem quaisquer anotações em sua ficha funcional e que a investigação comprovará que o policial civil não cometeu os atos que lhe são imputados e que tem direito à presunção de inocência já que nada restou provado em seu desfavor”.

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