PM é preso suspeito de envolvimento na morte de militares do Exército e Marinha encontrados carbonizados no RJ

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Câmeras registraram carro de suspeito seguindo carro das vítimas que foi localizado incendiado em São Pedro da Aldeia no dia 3 de dezembro. Duas mulheres, apontadas como donas de uma boate onde vítimas passaram, também são suspeitas de participação e são consideradas foragidas. Câmeras registraram carro do suspeito e carro das vítimas passando por ruas de São Pedro
Um policial militar foi preso na manhã desta quinta-feira (26) suspeito de envolvimento na morte de dois militares da Marinha e do Exército, em dezembro de 2022 em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações realizadas por policiais da delegacia de São Pedro da Aldeia apontaram que a motivação do crime teria sido por causa de um desentendimento após a abordagem do PM em uma casa noturna.
Além do policial preso, também há um mandado de busca e apreensão contra um outro policial do 25º BPM. Ambos são lotados no Grupamento de Ações Táticas. Duas mulheres, donas de uma casa noturna, são alvos de mandados de prisão e são consideradas foragidas.
Armas e celulares de policiais suspeitos de envolvimento na morte de militares da Marinha e Exército foram apreendidos em São Pedro da Aldeia
Divulgação/Polícia Civil
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidas as armas de fogo e celulares dos policias militares para possíveis perícias. Também foi apreendido o carro utilizado para locomoção dos suspeitos ao local onde as vítimas foram carbonizadas.
Carro apreendido em ação da polícia que investiga morte de militares do Exército e Marinha em São Pedro da Aldeia, no RJ
Divulgação/Polícia Civil
As vítimas eram o Sargento da Marinha, Sidney Lins dos Santos Júnior, e o Sargento do Exército Júlio César Mikaloski Equey. Segundo a polícia, eles tinham ido a Cabo Frio para assistir o jogo do Brasil pela Copa do Mundo 2022.
As investigações começaram logo depois que o carro de uma das vítimas foi encontrado com as ossadas carbonizadas na Estrada da Caveira, conhecida pela polícia como local de desova de corpos.
A placa do carro permitiu a identificação das vítimas. O veículo tinha GPS e o dispositivo possibilitou traçar as últimas movimentações das vítimas até o local onde os corpos foram encontrados. Com base no trajeto apontado pelo GPS, a Polícia Civil coletou imagens de câmeras, que identificaram a participação de um carro Peugeot azul seguindo o veículo das vítimas.
Duas mulheres, que são donas de uma casa noturna onde as vítimas passaram, foram ouvidas pela polícia e teriam apresentado uma versão “nitidamente fantasiosa e contraditória”, o que motivou a expedição de mandados de prisão contra as duas.
Carro foi encontrado incendiado na Estrada da Caveira, em São Pedro da Aldeia, no RJ
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Identificação dos suspeitos
As equipes de inteligência da 125ª DP, coordenadas pelo delegado Mílton Siqueira Júnior, identificaram o PM preso nesta quinta como o dono do carro azul que aparece em câmeras de segurança seguindo o carro das vítimas. (veja no vídeo no início da reportagem)
Ainda segundo a polícia, as câmeras mostram o carro passando no trajeto em horário compatível com o retorno do local onde foram carbonizadas as vítimas. Através de análise telefônica das linhas móveis dos suspeitos, foram identificadas conversas entre uma das proprietárias da boate e o policial envolvido.
A polícia não informou a forma como o segundo policial, alvo de busca e apreensão, teria participado do crime.
Segundo a Polícia Civil, as proprietárias da boate, após tomarem ciência de estarem procuradas pela Justiça, entraram em contato com o Ministério Público através de seus advogados com objetivo de se eximirem da participação. Os novos depoimentos foram colhidos remotamente e corroboraram com o apurado pela investigação, dando detalhes do ocorrido.
De acordo com as investigações, a polícia concluiu no inquérito que, após homicídio, os envolvidos com a intenção de acabar com as provas, levaram os corpos das vítimas e colocaram fogo no carro, enquanto as donas da casa noturna ficaram incumbidas de apagar os vestígios na boate e lavar o local.

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