Em entrevista à TV Globo, na manhã desta quinta-feira (26), a madrinha da menina morta por um tiro no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, fez um apelo e pediu por Justiça.
Elza Alaíde Menezes disse ainda, muito emocionada, para que a população não normalize a morte de inocentes, como aconteceu com Rafaelly Pacheco.
“Pedir que a Justiça seja feita não vai fazer diferença, não vai trazer a minha afilhada de volta. Todos os dias estamos enterrando crianças no nosso estado. Parem de normalizar o uso de armas. Parem de achar que é normal crianças morrerem todos os dias. Não é normal”, disse .
Rafaelly Pacheco, vítima de bala perdida (Foto: Reprodução)
Segundo Elza, Rafaelly passou o dia em casa, mas saiu para brincar com outras crianças quando os criminosos passaram na rua atirando.
“Minha afilhada tinha passado o dia inteiro dentro de casa. Falando no campo da família, conversando. Ela foi até o portão. As outras crianças chamaram. A vizinha disse: ‘Não vai não’. E ela falou: ‘Vou só lá, ver o que as outras crianças querem’. Porque ela era assim, atenciosa com todo mundo. Ela cuidava do pai, da mãe, do avô, da bisavó dela. Destruíram a nossa família”, contou Elza.
Rafaelly chegou a ser encaminhada para a UPA de Jardim Iris, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a unidade de saúde.
Protesto contra a morte de Rafaelle Pacheco, de 10 anos, na Baixada Fluminense (Foto: Thalyson Martins / Super Rádio Tupi)
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