Ex-goleiro Bruno está em liberdade condicional
O ex-goleiro Bruno Fernandes entrou com pedido de DNA na Justiça do Mato Grosso do Sul, para confirmar se é mesmo pai de Bruninho, filho dele com Eliza Samudio.
Após esse recurso, hipóteses antigas voltaram à tona no caso nesta semana. Uma delas, segundo o jornal O Tempo, é a possibilidade de o resultado do exame ser negativo e Bruninho, filho de Eliza Samudio, não ter como pai Bruno, e sim um outro jogador de futebol.
Segundo depoimentos colhidos durante a investigação, a modelo teria “muito contato com jogadores” e era, pejorativamente, chamada de “maria-chuteira” por alguns. Na época, um dos jogadores do Flamengo chegou a citar uma “suruba” entre vários atletas e mulheres e que, uma delas, seria Eliza.
Ao jornal O Tempo, o goleiro Bruno Fernandes levantou a possibilidade de Eliza ter um amante, mas preferiu não citar nomes.
Ela vivia no meio de jogadores de futebol. Eu não tenho como provar isso, mas eu ouvi dizer que ela tinha um caso com um jogador na época (do julgamento) que jogava no Corinthians, tá? E ela era amante desse jogador.
Bruno,
ex-goleiro
Bruno ainda citou que depois desse caso o jogador chegou a atuar no Atlético Mineiro e seria esse o motivo para o nome dele ter sido abafado.
O ex-goleiro completou que tinha amigos em comum com o outro jogador, e que foi alertado por pessoas do mundo do futebol. “Eles falaram ‘Olha, Bruno, fulano de tal, ele tinha fulana, no caso a menina era amante dessa pessoa’, entendeu? Então você toma cuidado e tal, não sei o quê e tals”, disse. “Pessoas me falaram isso lá atrás, né? E aí eu, poxa, como não existe o DNA e foi de forma presumida, eu quero sim esclarecer essa dúvida”, disse ele ao jornal.
A advogada Maria Lúcia Gomes, que defende a família de Bruninho, enviou uma nota ao O Tempo afirmando que “todos os cidadãos têm o direito de postular em juízo aquilo que imagina ser um direito”, mas que cabe aos advogados analisarem se “esse direito não está precluso, se já foi julgado ou se existam elementos para modificar aquilo que já foi objeto de julgamento”.
Ela ainda apontou que o processo não discute a paternidade, e sim a indenização por danos materiais e morais causados à criança. “(Esses danos foram causados) por ele Bruno. Esse dano requerido está configurado em provas documentais e inquestionáveis. Difícil a reforma dessa sentença pelo TJMS”, disse.
A advogada considera que “independente da paternidade do autor da ação, o Bruninho sofreu na alma e de perto a separação da mãe” e “são marcas que até hoje permanecem e para sempre permanecerão”. “Esse dano cometido por quem quer que seja a outrem deve ser reparado”, afirmou.
Liberdade condicional
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu liberdade condicional ao goleiro Bruno Fernandes no dia 12 de janeiro. Na decisão, a juíza Ana Paula Abreu Filgueiras apontou que Bruno cumpriu regularmente as condições da prisão domiciliar.
“Se este Juízo negasse ao apenado a obtenção do livramento pelos fundamentos expostos pelo MP [Ministério Público], estaria atuando como legislador positivo, erigindo requisito não previsto em lei”, diz o documento.