Homem fica tetraplégico após mergulhar e bater de cabeça no fundo de lagoa em Arraial do Cabo, no RJ

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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Coluna, os acidentes decorrentes do mergulho são a segunda causa de lesões medulares, atrás apenas de acidentes de carros. Ponta do Alcaíra, em Arraial do Cabo, RJ
Rodrigo Marinho/g1
Neste domingo (15), um homem de 30 anos sofreu um acidente ao mergulhar na Lagoa de Araruama, no trecho que fica na Ponta do Alcaíra, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio. O homem é morador de Araruama e bateu a cabeça no fundo da lagoa após mergulhar, saltando de uma altura de cerca de 2 metros, o que acabou gerando uma lesão na coluna.
De acordo com informações do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, o paciente foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o hospital de Arraial do Cabo. Ele estava lúcido e orientado, mas não sentia os braços e as pernas. Devido à gravidade do caso, precisou ser transferido para o hospital estadual.
Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, no RJ
Divulgação
O paciente sofreu uma fratura grave na quinta vértebra da coluna cervical (C5) e passou por cirurgia. Ele segue internado no CTI, em estado estável, mas acabou ficando tetraplégico.
Acidentes como esse são a segunda causa de lesões medulares no verão, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). A estimativa é de que, durante o verão, cerca de dez pessoas ficam paraplégicas ou tetraplégicas a cada semana no Brasil por esse motivo. Em 90% desses episódios, as vítimas são homens de 10 a 25 anos.
“A lesão na medula cervical, além do risco de vida, pode gerar uma paralisia permanente nos braços e nas pernas. Todo esforço deve ser na prevenção desses tipos de acidentes, uma vez que, mesmo com tratamento adequado, os danos podem ser irreversíveis. Como orientação: nunca mergulhar de cabeça em um lugar que você não conhece, principalmente em águas turvas e após ingerir bebidas alcoólicas”, disse o neurocirugião Drº João Thiago Frossard, do Hospital Estadual Roberto Chabo.
No restante do ano, o mergulho em águas rasas, seja em praias, piscinas, cachoeiras, lagos ou lagoas, passa a ser a quarta causa de lesão na coluna, ficando atrás de acidentes de trânsito, violência urbana e quedas.

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