Miliciano que atuava na Baixada Fluminense é denunciado por executar pai de ex-prefeito em Vassouras, no RJ

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Crime aconteceu em setembro de 2021, no Centro da cidade. Nilton Gonçalves de Oliveira, de 63 anos, tomava café com amigos quando foi executado com três tiros. O crime, segundo o MP, teria sido cometido por Luiz Carlos Pereira dos Santos Cruz, conhecido como Nem Corolla. Vídeo registra momento em que pai de ex-prefeito de Vassouras é assassinado
Um homem acusado de participar de uma milícia que atua Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi denunciado nesta quarta-feira (11), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), pelo homicídio duplamente qualificado de Nilton Gonçalves de Oliveira, no dia 5 de setembro de 2021, em uma praça na Rua Barão de Vassouras, Centro de Vassouras, no Sul do estado. A vítima era pai do ex-prefeito da cidade, Renan Vinícius Santos de Oliveira.
Luiz Carlos Pereira dos Santos Cruz, conhecido como Nem Corolla, foi flagrado por câmeras de segurança executando a vítima. Segundo testemunhas, o assassino desceu de um carro e disparou pelo menos três vezes contra a vítima, que estava tomando café em uma praça.
Renan Vinícius Santos de Oliveira exerceu o cargo de chefe do executivo municipal entre os anos de 2009 e 2016. Ele também foi Secretário Municipal de Saúde de Angra dos Reis por 2 anos.
Um ano antes de matar Nilton, Nem Corolla – junto com outros milicianos – foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ, durante a Operação Consagrado visava cumprir 32 mandados de prisões e outros 71 de buscas e apreensões.
Nem Corolla, de acordo com a promotoria, faria parte do bando de paramilitares que se juntou com traficantes para atuar em bairros de Nova Iguaçu. Ele foi preso.
Pai de ex-prefeito Nilton Gonçalves de Oliveira, de 63 anos
Reprodução
De acordo com as investigações, o grupo atuava de forma setorizada, como “taxa de segurança”, taxa para que mototaxistas pudessem circular e trabalhar na região e monopólio no fornecimento de água, e cesta básica e de serviço clandestino de TV a cabo e internet. Os milicianos ainda cometiam diversos crimes, como homicídios, roubos, extorsões, estelionatos, “com o objetivo de obter vantagens financeiras, domínio do território e imposição de força”, segundo o Gaeco.
Em relação a morte de Nilton Gonçalves de Oliveira, a promotoria destacou que a “vítima estava sentada quando o denunciado se aproximou por trás e efetuou o primeiro disparo na altura de sua nuca, fazendo com que ela caísse da cadeira, sem qualquer possibilidade de reação”.
Os promotores salientaram também que “não satisfeito, o assassino ainda efetuou mais dois disparos de arma de fogo a curta distância contra o rosto da vítima, fugindo em seguida com o auxílio de um veículo que possuía placa clonada”.
“O crime foi praticado com recurso que dificultou/impossibilitou a defesa da vítima, na medida em que o denunciado chegou pelas suas costas e efetuou um disparo de arma de fogo, e com meio cruel, na medida em que o denunciado, após desferir o primeiro disparo, ainda desferiu dois disparos contra o rosto da vítima a curta distância enquanto ela se encontrava caída no chão (o que causou-lhe múltiplas lesões no crânio)”, destaca trecho da denúncia encaminhada à 2ª Vara de Vassouras.
Pai de ex-prefeito é morto a tiros em Vassouras
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A Polícia Civil ainda tenta entender os motivos que levaram Nem Corolla a executar Nilton Gonçalves de Oliveira.
Segundo o MPRJ, a identificação do assassino contou com o apoio da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (DEDIT/CSI) do MP.
Com o auxílio de ferramentas tecnológicas, a unidade comparou as imagens do crime com vídeos do denunciado, que atualmente encontra-se preso, cedidas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), tendo constatado, “com base nos indicadores biométricos colhidos, que os componentes biomecânicos e cinéticos da maneira de andar de Nem Corolla, além dos elementos do seu perfil morfológico, eram idênticos aos do autor do crime.”

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