Míssil hipersônico russo pode levar bomba atômica e é problema para Ucrânia

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SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Pela primeira vez, a Rússia colocou em operação uma fragata armada com mísseis hipersônicos. O navio de guerra tem como missão fazer patrulha nos oceanos Atlântico e Índico.

O mais recente míssil hipersônico russo, o Tsirkon (Zircon), começou a ser testado em 2020, antes mesmo do início da Guerra da Ucrânia.

O que é o míssil hipersônico de cruzeiro Tsirkon?

foi concebido como um míssil antinavio, ou seja, para percorrer longas distâncias, guiado, de modo a atingir embarcações, mas também pode acertar alvos em terra;

– tem um alcance máximo de cerca de mil quilômetros;
– pode manobrar no ar, escapando de defesas antiaéreas;
– alcançou nove vezes a velocidade do som (11 mil km/h) em testes, mas acredita-se que opere regularmente a menos que isso;
– segundo especialistas militares russos, o míssil pode levar 300 kg de explosivos ou uma bomba atômica de 200 kt (pouco mais de dez vezes mais potente que a de Hiroshima).

O primeiro lançamento oficial de um míssil Tsirkon aconteceu em outubro de 2020, no Mar Branco, no norte da Rússia. Na ocasião, o presidente russo Vladimir Putin celebrou um “grande acontecimento” para “todo país” e Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior do Exército, adiantou que os navios e submarinos russos seriam armados com esse míssil quando os testes estivessem concluídos. Desde então, foram realizados vários experimentos.

Até fevereiro de 2020, as tentativas aconteciam somente em meio a um contexto de tensões com países ocidentais. No entanto, a Rússia continuou com os testes de armas de alto nível mesmo com a perda de homens e equipamentos desde o início da invasão à Ucrânia.

A Rússia, inclusive, chegou a usar mísseis hipersônicos na Ucrânia. Em 18 de março de 2022, um depósito de armas ucraniano foi atacado por um deles, um Kinzhal (Dagger).

Agora, o envio da fragata equipada com os mísseis é um sinal para o Ocidente de que a Rússia não deve recuar com a invasão ao território ucraniano. Mais de dez meses desde que Putin enviou tropas para a Ucrânia, não existe um fim à vista para a guerra.

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