Com a liberação, todas as farmácias podem solicitar certificação para distribuir medicação
Farmácias comuns nos Estados Unidos já podem vender a pílula abortiva mifepristona. A medida veio após mudanças nas diretrizes do governo de Joe Biden, presidente do país e a aprovação da agência reguladora Food and Drug Administration (FDA), o que seria a Anvisa no Brasil.
A medicação, que já é considerada segura e eficaz na indução do aborto, requer receita médica para ser obtida em farmácias, varejo ou correspondência. Anteriormente, a pílula só era liberada diretamente com um profissional de saúde ou comprando pessoalmente.
Em dezembro de 2021, o FDA já havia dito que faria essa mudança. As pílulas abortivas tornaram-se mais procuradas após a Suprema Corte anular, no ano passado, o direito federal ao aborto na Constituição. Segundo o centro de pesquisas Instituto Guttmacher, mais da metade dos abortos no país são feitos através de pílulas e não por cirurgias.
“Pode ser distribuído por farmácias certificadas ou sob a supervisão de um prescritor certificado”, publicou a FDA na última terça-feira (3).
A mifepristona é ingerida em conjunto com uma segunda droga, o misoprostol, denominada misoprostol. O normal é que sejam ingeridas entre 10 a 12 semanas da gestação. Vale ressaltar que o misoprostol é comumente usado pra controlar abortos espontâneos e não é restrito, sendo possível obter nas farmácias com receita médica.
Agora, com a liberação, todas as farmácias podem solicitar certificação para distribuir mifepristona e vendê-los a clientes com receita de um prescritor certificado.