Velório de Pelé na Vila Belmiro terá rígido protocolo de segurança

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O velório do maior jogador de futebol de todos os tempos começa nesta segunda-feira, às 10h, na Vila Belmiro, em Santos, sob rígido protocolo de segurança. É esperada a presença de personalidades do esporte e ídolo dos Santos, como Pepe e Mengálvio. Gianni Infantino, presidente da Fifa, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol já confirmaram presença.

Outras autoridades, entre chefes de Estado e convidados, também darão presencialmente o último adeus a Pelé. É esperado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaje de Brasília a Santos para o funeral, que deve ser o primeiro evento da agenda oficial desde que foi empossado. A tendência é de que Neymar fique em Paris e não venha ao velório.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que é torcedor do Santos, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também devem estar no velório do Rei, bem como o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Aberto ao público, o velório terá início às 10 horas de segunda-feira e seguirá ininterruptamente até às 10h de terça-feira. A entrada da imprensa na Vila Belmiro será autorizada apenas a partir das 6 horas, pelo portão 20 do estádio.

Toda a estrutura já está montada na Vila Belmiro. Foram instaladas duas tendas no gramado. Uma menor, a principal, comporta aproximadamente 100 pessoas, e será destinada a familiares e ídolos eternos do Santos, como Pepe e Mengálvio.

O caixão com o corpo de Pelé ficará embaixo da tenda menor, na área central, entre as cadeiras. Foram postos tablados dos dois lados de fora da tenda para a passagem de fãs. A outra tenda, maior, vai receber autoridades e convidados, que poderão entrar na tenda principal caso a família libere.

Como no funeral da Rainha Elizabeth 2ª, no Reino Unido, não será permitido parar perto do caixão, nem fotografá-lo. A família é que definirá se o caixão estará lacrado ou aberto. O público obedecerá a um rígido protocolo de segurança.

O público que vai se despedir do Rei do Futebol entrará pelos portões 2 e 3, com saída pelos portões 7 e 8. Autoridades, membros do Conselho do Santos e convidados terão acesso pelo portão 10, pelo Salão de Mármore, na rua Princesa Isabel.

Duas faixas estendidas no centro da arquibancada do estádio homenageiam Pelé: “Viva o Rei” e “Pelé 82 anos”. Uma outra maior, colocada atrás de um dos gols, exalta ainda mais o camisa 10 eterno do Santos: “O único a parar uma guerra”.

Todas ruas próximas à Vila Belmiro estão bloqueadas. Foram instalados banheiros químicos nos arredores do estádio. A organização colocou grades de proteção para controlar a fila do lado de fora. Não existe uma estimativa oficial, mas são esperadas milhares de pessoas.

No domingo, véspera do velório, o entra e sai de funcionários na Vila era intenso. Todos que trabalhavam na organização do evento passaram rápido e evitaram dar à reportagem mais detalhes da organização.

Não foi informado o horário da chegada do corpo do Rei do Futebol na segunda. É certo que será transportado de São Paulo a Santos em uma megaoperação coordenada por Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A escolta fúnebre será realizada por batedores do 2º Batalhão de Choque em São Paulo e em Santos. Na Rodovia Imigrantes, os policiais militares do Policiamento Rodoviário estarão incumbidos da tarefa.

Terminado o velório na Vila Belmiro, o corpo será levado em cortejo fúnebre até o canal 6 (Avenida Joaquim Montenegro) onde mora a mãe de Pelé, Celeste Arantes, com o trajeto feito na ida pelo canal 2 e praia e retorno pela praia até o Canal 1, até chegar ao Memorial Necrópole Ecumênica, para o sepultamento, reservado a familiares.

A previsão é de que o corpo chegue ao cemitério às 12h e a cerimônia comece às 14h. Ele será enterrado no mausoléu que fica no primeiro andar do Memorial, homologado há mais de 20 anos como o mais alto cemitério do mundo.

Pelé morreu na última quinta-feira, 29. Seu atestado de óbito apontou insuficiência renal, insuficiência cardíaca, broncopneumonia e adenocarcinoma de cólon como causas da morte. Ele lutou contra o câncer de cólon por mais de um ano.

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