Dono do ‘presente’ de 34 anos é o piauiense Fernando Menezes, 68 anos
Durante a assinatura do termo de posse no plenário do Senado Federal neste domingo (1º), o presidente Lula contou uma história curiosa sobre uma caneta.
O petista citou que o acessório foi um presente dado por um eleitor para assinar o termo quando ganhasse as eleições de 1989. Lula não venceu o pleito naquele ano e ainda perdeu em 1994 e 1998, vindo a ser presidente somente em 2002 ao derrotar José Serra (PSDB).
“Eu fazia um comício no Piauí e ao terminar, um cidadão me deu esta caneta e disse que era pra posse de 89. Eu não ganhei em 89, não ganhei 94 e não ganhei em 98. Em 2002 eu ganhei e quando cheguei aqui eu esqueci minha caneta e assinei com a caneta do senador Ramez Tebet. Em 2006, assinei com a caneta do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui é uma homenagem ao povo do Piauí”, disse para ser aplaudido em seguida.
Presidente contou a história pouco antes de assinar o termo de posse
O dono do ‘presente’ de 34 anos é o piauiense Fernando Menezes, 68 anos. Apoiador de Lula, ele contou que se emocionou no momento em que o presidente contava o caso.
“Foi uma emoção monstra. Estava assistindo a posse em casa pela televisão e quando vi a caneta e ele falando que ganhou de presente de um piauiense, chorei de emoção, quase caí da cadeira. É a história mais bonita de minha vida”, contou, orgulhoso, a um jornal local.
O autor da façanha diz que não se lembra do exato momento em que entregou a caneta ao então candidato, mas que era uma caravana de Lula pela região.
“Caminhávamos pelas ruas de Teresina. Queria dar de presente uma caneta, pois sabia que Lula um dia iria ser Presidente da República. Dei e disse que era para ele assinar a ata de posse”, disse Fernando que é tio da judoca piauiense Sarah Menezes.
Cerimônia
Lula tomou posse neste domingo (1º) em Brasília. Ele desfilou em carro aberto e acenou para a multidão que acompanhava a cerimônia. A segurança foi reforçada e não houve divulgação de incidentes ocorridos no local.
Momento mais aguardado, a entrega da faixa era uma incógnita no protocolo, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou na última sexta para a Flórida e não entregaria formalmente o cargo.
O rito é um mero simbolismo, uma vez que o novo mandatário não deixa de assumir a Presidência por conta da recusa em passar a faixa. Lula subiu a rampa acompanhado de pessoas que simbolizavam o povo brasileiro. Entre eles, indígenas, trabalhadores, negros e crianças. Até a cadela de estimação, Resistência, fez parte da cerimônia.