Governador faz discurso
Cláudio Castro (PL) foi empossado, neste domingo (1º), como governador do Estado do Rio. Essa é a segunda vez que o político assume o cargo.
“Prometo manter, defender, e cumprir a constituição, observar a lei e promover o bem geral do povo do Estado do Rio de Janeiro”, dizia o termo de posse lido por Castro.
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Durante discurso, ele ainda citou uma “jornada longa e árdua” à frente do Governo do Estado. Temas como economia e trabalho foram destacados pelo político, em seu primeiro discurso.
O atual vice da chapa Castro é o deputado Thiago Pampolha (União Brasil), que foi chamado de “irmão” pelo chefe do Palácio Guanabara.
A cerimônia ocorre desde às 9h40, no Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O ex-prefeito de Duque de Caxias e ex-deputado federal, Washington Reis (MDB), era o vice da coligação, mas renunciou.
O rito de posse é comandado pelo presidente da Casa André Ceciliano (PT), que abriu a solenidade com a execução do Hino Nacional pela Banda da Academia da Polícia Militar e o hasteamento da bandeira.
Ceciliano abriu os trabalhos do Parlamento alfinetando o antigo presidente do país Jair Bolsonaro (PL).
Ao lado do governador empossado Cláudio Castro (PL), que é aliado de Bolsonaro, o petista citou que no decorrer do seu comando na Casa Legislativa, “enfrentou o presidente da república”.
Citou, ainda, que apesar de ter base política sólida no Estado, Bolsonaro “só fez maltratar o nosso estado”.
De malas prontas para Brasilia, onde assumirá a Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República, vinculado ao Ministério das Relações Institucionais, também conta que encerra o mandato este ano com a sensação de dever cumprido.
“Não estarei aqui, mas ajudarei em Brasília a movimentar o Arco Metropolitano e o Polo Petroquímico […] Trabalhar para reabrir os leitos fechados no Estado do Rio”, pontuou.
Diversas autoridades legislativas e judiciais compõem a mesa da Casa.
Perfil
Formado em direito, além de ser cantor gospel e compositor, Castro, de 43 anos, foi chefe de gabinete da Alerj por 12 anos. Em 2016, foi eleito vereador da cidade do Rio.
Em outubro de 2018, foi eleito vice-governador na chapa com Wilson Witzel. Após o impeachment de Witzel, Castro tomou posse como governador efetivo em 1º de maio de 2021.
Cassação
Recentemente, o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação da chapa que reelegeu Castro, e seu vice, Pampolha.
A Procuradoria Regional Eleitoral acusa os dois de abuso de poder político e econômico e conduta vedada pelo uso de “folha de pagamento secreta” com 27 mil cargos temporários na Ceperj, Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado, e 18 mil nomes, na Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Os desvios, de acordo com a denúncia, foram auditados pelo Tribunal de Contas do Estado.
O MPE também propôs ação contra outras dez pessoas envolvidas, incluindo políticos eleitos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. A ação foi protocolada no Tribunal Regional Eleitoral.
As penas para os casos incluem a cassação dos eleitos, inelegibilidade por oito anos e multa.
Para os procuradores eleitorais há vasto acervo de provas obtidas com o TCE, Uerj, testemunhas e outras fontes.
A denúncia afirma que a conduta dos investigados foi capaz de comprometer a normalidade e legitimidade do processo eleitoral.
E que eles não somente tinham prévio conhecimento dos atos ilícitos praticados como participaram efetivamente deles.
Em nota, a Coligação Rio Unido e Mais Forte, que elegeu Claúdio Castro e seu vice, Thiago Pampolha, informou que vai apresentar os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral e “comprovar a conduta idônea da chapa eleita no pleito ao Governo do Estado”.
E ainda, conforme a nota, que ambos estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos “e vão confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral”.
Trânsito
As ruas do entorno do Palácio Tiradentes, como a Avenida Antônio Carlos, no Centro do Rio, estão bloqueadas pela CET-RIO, desde às 7h, por medidas de segurança.
O acesso é liberado apenas para convidados, como futuros secretários, deputados estaduais e federais, além de representantes do Poder Judiciário.