A WTorre, responsável pela administração do Allianz Parque, iniciou tratativas com diferentes empresas para realizar a substituição completa do gramado sintético do estádio. A previsão é que a intervenção ocorra no fim do ano, atendendo às crescentes reclamações da comissão técnica e de atletas do Palmeiras sobre as condições atuais do campo.

O desgaste do material utilizado é apontado como o fator determinante para a mudança. Conforme análises técnicas, o gramado perdeu parte da chamada “memória”, tecnologia que permite à grama sintética retornar à posição vertical após ser pressionada. Essa falha compromete a jogabilidade, tornando o jogo mais veloz e o controle de bola mais difícil.
Diferentemente da intervenção realizada no ano anterior, quando apenas o preenchimento do campo foi trocado, agora a WTorre planeja substituir as três camadas principais: o “Shock-Pad” (sistema de amortecimento), o tapete sintético e o “Infill” (preenchimento, hoje feito com cortiça). O projeto está orçado em aproximadamente R$ 10 milhões, valor semelhante ao investimento inicial feito em 2020.
Atualmente, o estádio utiliza gramado fornecido pela Soccer Grass, empresa que defende a continuidade do atual modelo, argumentando que o sistema já se mostrou resistente diante do alto número de eventos realizados no Allianz Parque. Apenas em 2024, foram 77 grandes eventos no local, incluindo partidas e shows.
Por outro lado, a Total Grass, que já atua em estádios como Arena Barueri, Nilton Santos, Pacaembu e Arena MRV, apresentou uma proposta alternativa. A empresa indica a necessidade de uma solução mais robusta para o Allianz, em razão do volume de uso superior ao de outras arenas. A proposta inclui uma tecnologia projetada para durar entre cinco e seis anos, com a promessa de manter a qualidade da jogabilidade.
A WTorre, por sua vez, analisa as propostas apresentadas por ambas as fornecedoras antes de definir o novo parceiro para o projeto. Os materiais utilizados são todos importados: o tapete de grama geralmente é produzido na Holanda, enquanto o preenchimento de cortiça é originário de Portugal.
O tema ganhou ainda mais relevância após as críticas públicas do técnico do Palmeiras. Em entrevista após uma partida recente, Abel Ferreira declarou: “Está ruim”. A afirmação reforçou a pressão por mudanças imediatas na estrutura do campo de jogo.
Embora o gramado atual tenha o certificado da Fifa e esteja em conformidade com as inspeções realizadas, o desempenho técnico da superfície tem sido questionado pela comissão técnica e por atletas, sobretudo nos momentos decisivos da temporada.
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