Dólar sobe com correção após perdas e seguindo exterior

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O dólar opera em alta nesta quinta-feira, 26, alinhado à tendência externa e com uma correção, após perdas acumuladas de 2,45% nesta semana. Nos primeiros negócios, o dólar oscilou, intercalando viés de alta e queda. Na quarta, o dólar à vista fechou abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez desde 4 de novembro do ano passado, cotado a R$ 5,0799.

O mercado de câmbio acompanha a valorização do dólar e dos retornos dos Treasuries no exterior. Também ajusta posições em meio a expectativas por novos dados de atividade americanos, como a primeira leitura do PIB dos EUA do 4º trimestre. Indicadores americanos industriais e dos setores de serviços e varejo têm vindo mais fracos assim como a inflação está desacelerando no país, apoiando um consenso de expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá adotar política monetária menos agressiva. Esse contexto tem estimulado procura por ativos de risco, como o real, ações e juros brasileiros nas últimas sessões.

Nesta quinta, o mercado corrige um pouco, mas o dólar segue com fôlego curto, porque o fluxo de capitais tem sido mais positivo para o Brasil em janeiro, favorecendo a valorização da moeda local, disse um operador de câmbio.

A primeira estimativa do PIB americano do quarto trimestre (10h30, de Brasília), cuja mediana dos economistas é de crescimento de 2,5%, são esperados também os pedidos semanais de desemprego do país, o índice de atividade do Fed e as encomendas de bens duráveis (também 10h30).

No exterior, o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) enfatizou que pretende deixar inalterada sua atual política monetária ultra-acomodatícia, inclusive o chamado “controle da curva de juros”, segundo Sumário de Opiniões de sua reunião de 17 e 18 de janeiro, publicado nesta quinta-feira.

Pela política de “controle da curva de juros”, o BoJ permite que o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos oscile entre -0,5% e 0,5%. Já o juro de curto prazo do BoJ é negativo, em -0,1%. Ainda no comunicado, o BoJ cita a pressão de alta que o juro do JGB de 10 anos tem sofrido e “distorções na curva de juros” que “não se dissiparam”, desde que a faixa de oscilação foi ampliada, em dezembro. Até meados do mês passado, o BoJ permitia que o juro do JGB variasse dentro de margem mais estreita, de -0,25% a 0,25%.

Às 9h33, o dólar à vista subia 0,46%, a R$ 5,1024. O dólar fevereiro tinha alta de 0,55%, a R$ 5,1070.

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